O candidato Eli Corrêa Filho (DEM) convocou a imprensa nesta quinta-feira, 6, e disse que os resultados do 1º turno superaram suas expectativas. Eli acredita que o novo embate, no dia 30 de outubro, já começou difícil. Com críticas direcionadas a Guti, sua espera é que o 2º turno tenha “uma proposta não antiga como o outro candidato quer trazer, mas uma proposta moderna, de inovação. Não aquela velha política que ele está empregando. Nós queremos debater ideias. Trazer soluções para a cidade, sem mentiras, sem enganações, sem falsas promessas”.

Na coletiva, Eli afirmou que em nenhum momento fez troca partidária durante a composição da coligação Muda Guarulhos, a maior do pleito. Sobre se seu secretariado será formado por pessoas dos partidos de sua coligação ou se também nomeará funcionários de carreira da Prefeitura, respondeu que a equipe será composta de pessoas técnicas e que os funcionários de carreira da Prefeitura serão reconhecidos. Além disso, falou que dará preferência a guarulhenses, desde que sejam capacitados, mas que também não fechará as portas para pessoas de outros lugares: “Darei preferência que conhece mesmo a cidade, conhece seus problemas, mas que seja uma pessoa comprometida, técnica, para ocupar essa pasta. Agora, nada impede da gente trazer pessoas de outras regiões para que solucionem os problemas da cidade”, afirmou.

Quanto aos vereadores eleitos e outros da coligação, disse: “Vão contribuir ao meu lado, sem dúvida nenhuma. Trarão experiências, mas serão pessoas técnicas, que tenham habilidade em dirigir uma secretaria. Que tenham a responsabilidade de gerir uma pasta e trazer objetivos para serem alcançados. Então, todos os partidos que estão aqui do meu lado, eu não fiz e não farei qualquer tipo de troca em relação a secretarias”.

Para o eleitorado do PT, informou que estará disponível para o diálogo e que sua vontade é governar para todos. Para conquistar os que votaram nulo ou em branco, “a tática é comparar a diferença de um candidato e de outro. Mostrar a capacidade de se governar de um candidato e de outro. Mostrar a sinceridade e qualidade de um projeto e do outro”.

 

Eli declarou que tem o apoio do PSDB Estadual, e que o anúncio declarado na noite da terça-feira, 4, favorável ao candidato Guti, é um ato isolado do partido local. Ele também disse que há “uma sinergia de todo o Estado em favor da nossa candidatura”. Segundo o democrata, o vereador Gilvan Passos (PSDB) também o apoia.

Além de prometer fazer uma auditoria em todos os contratos da atual administração, disse que não acredita que os problemas de Guarulhos serão facilmente solucionados e que serão precisos no mínimo três meses para fazer uma ampla reforma administrativa. Para que Guarulhos avance, Eli prega o bom relacionamento com o governo estadual. O candidato acredita que em seis meses poderá trazer um retorno para a população. “Nunca disse na minha campanha que será da noite para o dia. Nunca disse que será num passe de mágica que nós vamos reverter a situação de uma cidade que está há muitos e muitos anos endividada, atolada e negativada”.

Sobre o fato de sua coligação ser composta por PcdoB, PMDB, PRTB, PEN, PSL, PTN e PDT, todos da base do prefeito Almeida durante os dois mandatos, Eli disse que todos têm o direito de se arrepender ou identificar que a administração não está correspondendo às expectativas de cada aliado. “Tem pessoas nesta mesa que as classifico como pessoas pensantes, visionários políticos e que querem o bem do próximo e da cidade”.

Eli lançou mais farpas no adversário, dizendo que sua legenda sempre foi da oposição e que nunca saiu do Democratas: “Sou membro desde 1995, quando ainda era PFL. Eu acredito na minha ideologia. Acredito nos princípios. Um grande governante que pensa no futuro não faz troca-troca partidário”, declarou, após dizer que seu partido tem cláusulas que não permitiriam uma união com o PT.

Estiveram presentes os vereadores eleitos Laercio Sandes (DEM), João Dárcio (PTN), Eduardo Barreto (PCdoB), Professor Jesus (DEM), Carol Ribeiro (PMDB), Romildo Santos (DEM), Eduardo Soltur (PSD), Sergião e Sandra Gileno (PSL), além de seu vice, Pereira (PDT), e do deputado estadual Gileno.