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Zezé Di Camargo e amigo doam usina portátil a hospital de campanha

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O lixo hospitalar aumentou, nos últimos meses, pelo menos dez vezes, e se tornou bomba relógio da Covid-19. A pandemia do novo coronavírus não tem sido um desafio apenas para os profissionais de Saúde e cientistas. Os funcionários de empresas que lidam com resíduo hospitalar contaminado precisam, mais do que nunca, de muito cuidado, uma vez que estão correndo sérios riscos de contaminação de doenças.

No Brasil, hoje, cerca de 90% dos municípios não tratam o seu lixo, um dado alarmante que resulta em baixa qualidade de vida para os habitantes. Tendo em vista este grande problema, o cantor Zezé Di Camargo e o seu amigo Júlio Aidar uniram-se para promover uma ação do bem. Juntos, o artista e o empresário fazem este ato solidário, neste dia 1º de maio, na inauguração do Hospital de Campanha, no Ibirapuera, em São Paulo. Eles estão doando uma máquina de usina portátil de reciclagem.

A máquina, doada em comodato, é avaliada em 1 milhão de reais. Importada, ela traz consigo, através da modernidade e inovação, a solução para o tratamento do resíduo infectante hospitalar e de laboratórios, diretamente no local de geração do tal material. Isto é, não será necessário transporte dos resíduos hospitalares contaminados.

Os resíduos hospitalares não causam só danos para os seres humanos que têm contato, mas também caos ambiental, quando em contato desses materiais com o solo ou a água, podendo resultar em danos à vegetação, por exemplo. Ou seja, visto que o vírus está no ambiente, a infecção se espalha de forma mais agressiva.

 

Se os resíduos forem parar em lixões comuns, o que na maioria das vezes acontece, os patógenos e agentes infectantes estão expostos, correndo o grave risco de alguém entrar em contato com eles. Os catadores de lixo ou mesmo os profissionais do local podem ser afetados. Além disso, até mesmo os animais que possam frequentar os aterros sanitários a céu aberto estão expostos a condições de risco.

Esse tipo de situação é bastante grave, configurando uma irresponsabilidade altíssima por parte dos geradores do resíduo. Quando não se toma o devido cuidado para onde vai o resíduo hospitalar contaminado, configura-se até mesmo um crime. Mesmo que seja por acidente, colocar outras pessoas e o meio ambiente em uma situação tão perigosa é algo que não deveria jamais acontecer. Esses casos, infelizmente, não são tão raros.

“Fico curioso em saber como as autoridades ou ambientalistas estão tratando os resíduos hospitalares contaminados em seus municípios?”, indaga Zezé Di Camargo, que, por preocupação, se juntou ao amigo para colaborar em um momento tão delicado mundialmente.

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