Do lado de fora, tudo parecia confuso. A notícia do doping de Tandara explodiu como uma bomba antes da semifinal contra a Coreia do Sul. Dentro de quadra, porém, a seleção pareceu esquecer qualquer problema. Sem tomar conhecimento das rivais, venceu por 3 sets a 0, parciais 25/16, 25/16 e 25/16, e garantiu o lugar na final do vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio. Na briga pelo ouro, mais uma vez, vai encarar os Estados Unidos, que bateram a Sérvia na outra semifinal.
Brasil e Estados Unidos voltam a se encontrar em uma final olímpica. Nos dois títulos brasileiros nos Jogos, as decisões foram contra as americanas. Em Pequim 2008 e Londres 2012, a seleção brasileira levou a melhor e levou o ouro.
O Brasil entrou em quadra com Macris e Rosamaria. Sem Tandara, Natália assumiu o papel da oposta nas inversões durante o jogo. A seleção, porém, pouco sofreu. Mesmo contra a ponteira Kim Yeon-Koung, uma das maiores pontuadoras dos Jogos, o Brasil dominou a partida do início ao fim para garantir seu lugar na decisão.
Tandara testa positivo para substância proibida em exame antidoping
A jogadora da seleção brasileira de vôlei Tandara Caixeta testou positivo para uma sustância proibida em exame anti-doping feito no dia 7 de julho, em Saquarema, no Rio de Janeiro, antes de embarcar para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela está suspensa provisorialmente.
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) confirmou a presença da substância “Ostarina”, proibida em competição e fora de competição. Ela pertence a uma classe de anabolizantes. Tandara já embarcou de volta para o Brasil após ser notificada sobre o resultado do exame.
Confira a nota completa da ABCD
Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) esclarece que o processo de controle de dopagem do caso da atleta da seleção brasileira feminina de vôlei, Tandara Caixeta, seguiu todos os padrões internacionais estabelecidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA-WADA).
Informamos que a coleta do material biológico da atleta foi realizada fora de competição, em 7 de julho de 2021, no Centro de Treinamento de vôlei de quadra da seleção, em Saquarema/RJ, mesmo momento em que todas as demais atletas da equipe também forneceram o material.
Ao receber, no dia 5 de agosto de 2021, o resultado do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), único credenciado pela WADA na América Latina, foi constatada a presença da substância Ostarina, que pelo Código Brasileiro Antidopagem implica na aplicação obrigatória de uma suspensão provisória da atleta.
A Ostarina é uma substância não especificada, proibida em competição e fora de competição. Pertence a classe: S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA.
A ABCD seguirá os trâmites processuais do caso em sigilo para proteger os direitos da atleta.