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Alunos de Etec desenvolvem tinta acrílica sustentável

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Com o objetivo de produzir uma tinta de baixa toxidade, antifúngica e que brilha no escuro, três estudantes do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Química da Escola Técnica Estadual (Etec) de Suzano, Samuel dos Anjos Souza, Sthefany Sant’Ana Nunes e Vitória Cássia Alves de Melo, criaram a Eco.Ink tinta sustentável.

Orientado pelo professor Cesar Tatari, o grupo desenvolveu um pigmento a partir de pilhas descartadas e uma tinta resistente a mofo e fungos intensificada com os princípios ativos da Callistemon viminalis, planta também conhecida como melaleuca, que tem origem na Austrália. Estudos feitos pelo grupo mostram que a corrosão microbiológica é um grande problema enfrentado pela indústria das tintas, principalmente nos produtos que são utilizados em paredes.

“As tintas à base d’água possuem maior probabilidade de criar grande quantidade de mofo em sua superfície porque não utilizam solventes sintéticos em sua composição”, comenta Sthefany.

A pesquisa mostra ainda que o mofo da parede pode agravar problemas de saúde, como rinite e sinusite e, por isso, a indústria utiliza biocidas sintéticos.

“Em nosso projeto, decidimos fazer a substituição de um aditivo sintético por um aditivo de origem natural, garantindo a diminuição na degradação do meio ambiente. Para produzir uma tinta de qualidade, usamos os princípios ativos da melaleuca, no formato de extrato glicólico e óleo essencial”, completa.

Os extratos glicólicos são ingredientes naturais, produzidos a partir de um processo de extração que utiliza matéria-prima natural. Assim são extraídos os ativos da planta. Para a adição de um elemento altamente volátil em uma tinta, os estudantes compreenderam as ações que as outras substâncias exerciam, e decidiram fazer o extrato glicólico e utilizar resina acrílica, por considerarem ser melhor para revestimentos internos e externos, juntamente com um solvente orgânico.

Pigmento sustentável

 

Para a produção do pigmento sustentável, os alunos tiveram que aprofundar os estudos em diversas áreas do conhecimento, desde o estudo das propriedades físicas e químicas até o estudo de métodos para síntese de nanopartículas.

“Utilizamos o zinco obtido em pilhas descartadas. Produzimos o sulfeto de zinco (ZnS), que tem capacidades luminescentes, aumentando a sua eficiência”, explica Sthefany.

Eco.ink se encaixa nos três pilares da sustentabilidade: Ambiental, Econômico e Social. O projeto também se enquadra em quatro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU):

Participação em feiras

O projeto é um dos três vencedores, selecionados entre dez trabalhos finalistas da 14ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps).

“Ser uma das vencedoras da Feteps foi uma experiência muito incrível. A Etec de Suzano tem tradição na feira e é uma honra estar na lista de vencedores e poder representar essa excelência em projetos e pesquisa”, declarou Sthefany.

Eco.ink representou o CPS na mostra de projetos da 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), ao lado de mais dez trabalhos de estudantes de Etecs. Ao todo, foram selecionados 225 finalistas.‌

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