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Mãe narcisista: Falta de empatia, excesso de cobrança e desvalorização dos filhos são alguns sinais

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A concepção da maternidade frequentemente é vinculada a um amor incondicional, mas essa idealização não reflete a realidade de todas as mães. Para muitos filhos, a ausência de relacionamento com suas mães pode resultar em questionamentos. A falta de uma boa convivência entre mãe e filhos pode significar ao Transtorno de Personalidade Narcisista. Para o psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Lucas Benevides, quando uma mãe tem esse transtorno, seu comportamento pode afetar significativamente o desenvolvimento emocional e psicológico de seus filhos.

O que é o Transtorno de Personalidade Narcisista?

O nome desse transtorno de personalidade faz menção ao personagem Narciso, da mitologia grega, que se destacava por sua beleza e, deslumbrado com seu reflexo observado nas águas de um rio, acabou afogado. A partir desse conceito, além de ser apaixonada pela própria imagem, esta pessoa exige admiração constante de seus filhos, gerando comportamentos abusivos que prejudicam a saúde mental dos herdeiros.

 

Para Lucas Benevides, o Transtorno de Personalidade Narcisista, além de caracterizado por um padrão de grandiosidade e falta de empatia, assume proporções significativas quando presente em mães, gerando sérias consequências na vida e nas relações dos filhos.

“O foco excessivo em si mesma, comportamento manipulador, críticas frequentes e desvalorização dos filhos são indicadores desse transtorno. Tais atitudes geram impacto negativo no desenvolvimento emocional e psicológico das crianças criadas neste convívio, resultando em problemas como baixa autoestima, depressão, ansiedade e dificuldades de se relacionar”, conta.

Como identificar uma mãe narcisista?

O Transtorno de Personalidade Narcisista é classificado por padrões de grandiosidade. No caso do narcisismo materno, o perfil cognitivo e comportamental da mulher é bastante característico. Os principais sinais a serem observados incluem:

Abusiva: a mãe narcisista, por acreditar que é superior, dita e cria as próprias regras, utilizando de sua posição de poder, isto é, de mãe. O abuso pode ocorrer de forma física, verbal e principalmente psicológica;

Compara o filho com outros jovens e elege o filho preferido: segundo Mônica, um sinal característico do narcisismo materno é quando a mãe faz comparações do filho, afetando a autoestima;

Chantagista: Monica acrescenta que a mãe narcisista tendem a realizar chantagens emocionais para fazer com que os filhos atendam às suas vontades;

Dona da verdade: uma mãe narcisista sempre tem razão em tudo que alega a respeito de si mesma, dos outros e do mundo que defende. Discutir com ela pode ser uma tarefa difícil, pois, mesmo quando expressa ideias incoerentes, ela não permite que suas afirmações sejam contestadas. Por não admitir culpa nem responsabilidade, atribui o erro ao outro — na maioria das vezes, ao próprio filho;

É invejosa: outra caraterística marcante da mãe narcisista é que, como ela está sempre se comparando com os outros para se sentir bem consigo mesma, ela sente raiva quando outros se destacam mais do que ela, apresentando inveja até dos filhos;

Trata os outros de forma superior: naturalmente arrogante, a pessoa narcisista utiliza das interações com o outro para se autovangloriar, é presunçosa e está sempre subestimando a inteligência alheia;

Autoestima frágil: é extremamente fácil ferir os sentimentos de uma mãe narcisista, mesmo que a própria não exponha. Luta pelo reconhecimento tentando suprir a falta de amor próprio;

Não tem empatia: são incapazes de se identificarem com o sofrimento alheio de forma genuína. Uma vez que são egocêntricas e egoístas, as mãe narcisistas recusam-se a reconhecer quando alguém, como os filhos, precisa de ajuda emocional. Essa característica também faz com que a mãe ignore a dor dos filhos e se dedique somente a atender às suas próprias necessidades e carências;

Não pede desculpas: por ser a dona da verdade e acreditar que suas ideias são incontestáveis, ela não admite a culpa e nem pede desculpas quando magoa e trata os outros de forma imprópria;
Distanciamento emocional: por somente reconhecer a validade dos próprios sentimentos, ela se recusa a se envolver com as emoções alheias, o que impede que a mãe crie uma conexão afetiva genuína com as pessoas, incluindo com os filhos;

Vive de aparências: para compensar a autoestima frágil, a falta de amor próprio e falta de identidade, a mulher apresenta uma preocupação exagerada com a aparência física;

Perfeccionista: a mãe narcisista se enxerga como um padrão de excelência e não aceita erros. Por ter uma autoestima frágil, ela precisa ser bajulada constantemente pelas pessoas ao seu redor;

Problemas de identidade: a grandiosidade provocada pelo transtorno de personalidade narcisista ocorre devido à angústia e ao sentimento de vazio que a mãe carrega. Por não conseguir se amar, ela busca estímulos externos para compensar a falta de conteúdo. Nesse sentido, a mãe tende a se espelhar no estilo e na atitude dos outros, como os da própria filha.

Possíveis causas

Ainda segundo o psiquiatra Lucas Benevides, as possíveis causas do narcisismo em mães podem incluir experiências de infância, como negligência ou superproteção, traumas, ou mesmo influências genéticas e ambientais. Benevides adverte que é fundamental diferenciar uma mãe com apenas traços narcisistas de uma com o transtorno completo, visto que o último se manifesta desde a infância em todos os relacionamentos, enquanto os traços podem ser mais pontuais. “Uma mãe com traços narcisistas pode exibir comportamentos centrados em si mesma, mas não atende aos critérios completos para o transtorno de personalidade narcisista”, explica o professor.

O professor de Medicina do CEUB recomenda estratégias por parte dos filhos, como estabelecer limites claros com essas mães, buscar apoio emocional externo, compreender melhor o narcisismo e praticar o autocuidado. “A partir da identificação do transtorno ou dos traços narcisistas, é importante buscar ajuda profissional, com terapia individual ou em grupo, tanto para a mãe quanto para a família, como parte fundamental do tratamento”, frisa.

Sou mãe narcisista, e agora?

Lucas Benevides afirma que filhos de mães narcisistas enfrentam riscos emocionais e psicológicos, mas existe tratamento para os dois lados. “Estes podem ser mitigados através de terapia, apoio de outras figuras parentais ou mentores e desenvolvendo uma rede de suporte”. O psiquiatra indica tratamentos terapêuticos com abordagens cognitiva, reflexiva e aconselhamento familiar. Após reconhecer o problema, a terapia pode ajudar a mãe a entender e mudar comportamentos prejudiciais. ” O autoconhecimento e a vontade de mudar são essenciais para melhorar seu comportamento e o relacionamento com os filhos”, reforça.

Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB)

Psicoterapeuta e fruto de um lar narcisista compartilha seus sentimentos e experiências

Em seu perfil no instagram, a psicoterapeuta @Taryana Rocha, narra a sua experiência em um lar narcisista e de como conseguiu ressignificar esse sentimento. Vale a pena o entendimento.

Fonte: https://www.minhavida.com.br; Centro Universitário de Brasília (CEUB)

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