A Banda Bicha, bloco mais tradicional de Guarulhos (SP), está comemorando 48 anos de história e, reuniu público estimado em mais de 100 mil pessoas, ao longo da avenida Paulo Faccini, desde o viaduto Cidade de Guarulhos e imediações do teatro Adamastor, prestigiando a cantora Cláudia Leitte, parceira da Banda há vários anos e agora embaixadora do grupo. Houve shows também da banda sertaneja Traia Véia e do Mamonas Assassinas – O Legado, revivendo os sucessos dos meninos guarulhenses que se tornaram imortais. Segundo os organizadores, o público teria chegado a 200 mil pessoas.
Entre outras novidades, a Banda Bicha lançou uma plataforma de produtos oficiais, incluindo aplicativo, site e e-commerce e a criação do podcast “Banda Bicha”, com entrevistas e conteúdos relevantes sobre o bloco, disponível nas principais plataformas de streaming.
O bloco, que foi o primeiro do país a servir chopp gelado durante todo o trajeto em 2023, repetiu a façanha com patrocínio da Komblue.
Um camarim móvel contou com cardápio exclusivo para receber a imprensa, influencers e formadores de opinião, sob o comando do chef Antônio Maiolica e seu time do Vila Anália. Ele também assinou os cardápios dos camarins de Claudia Leitte e das bandas Traia Véia e Mamonas Assassinas – O Legado.
Houve food trucks para alimentação, cervejas e chopes artesanais; uma área dedicada para a recreação para as crianças, sorteios e ativações de patrocinadores e espaço pet. Ambulantes espalhados em meio ao público tiveram oportunidade de obter alguma renda.
Segundo os organizadores, o Bloco Banda Bicha movimenta a economia, rede hoteleira, fomenta o comércio e o turismo, além de gerar empregos direitos e indiretos – são mais de 3 mil pessoas trabalhando no evento.
A roupa que Cláudia Leitte vestia foi uma referência ao “Meu primeiro Gradiente”, lembrança de um brinquedo que ela ganhou quando criança.
Segue vídeo produzido pelos organizadores:
História na avenida
Trajes coloridos, muita música e dança marcam a passagem do bloco ano após ano em uma celebração vibrante da cultura e história da cidade. A tradição começou em 1976, de forma irreverente, com amigos saindo pelas ruas uma semana antes do Carnaval, vestidos com trajes femininos.
Sem saber, eles foram responsáveis pela criação do bloco que abriu oficialmente o carnaval guarulhense numa folia familiar, onde todos puderam se divertir com segurança.
O evento não tem custo direto para o Município, a não ser o aparato necessário para o trânsito e a segurança, que esteve a cargo da GCM e da Polícia Militar. Os organizadores divulgaram que foram deslocados 300 colaboradores de limpeza, 60 brigadistas, 250 seguranças, 12 ambulâncias e 400 banheiros químicos.

Para saber mais: www.bandabicha.com.br
Fotos: @dennisouzaa/ Denis Souza
Problemas no trânsito
Foram muitas as queixas de problemas no trânsito da cidade, decorrentes do fechamento das avenidas Paulo Faccini e Monteiro Lobato, além do viaduto Cidade de Guarulhos, o que exigiu alteração no itinerário de linhas de ônibus e muita lentidão nas vias alternativas. Já na véspera a preparação causou transtornos, que também geraram protestos.
Nas redes sociais, foram vistas muitas críticas a esse fechamento de vias cruciais para a mobilidade, com sugestões para que nos próximos anos a Prefeitura determine que o evento seja realizado na avenida Presidente Tancredo Neves ou no Parque Transguarulhense, o que certamente impactará menos para a população que não queira curtir a festa.