A Polícia Federal abriu 31 inquéritos para investigar suspeitas de incêndios criminosos no país. O órgão foi acionado pelo governo federal apara investigar a possível origem criminosa das queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana.
Ao todo, 29 inquéritos são sobre ocorrências na Amazônia e no Pantanal. Outras duas investigações envolvem São Paulo, que tem 48 municípios em alerta máximo de queimadas.
A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou.
Transtornos em vários pontos do país
A fumaça e as chamas originadas na Amazônia, no Centro-Oeste e no estado de São Paulo estão interditando rodovias. Há relatos de alta procura por atendimento médico em diversas cidades, além da morte de duas pessoas em São Paulo.
Até o momento, dois homens foram presos por incêndios criminosos em São Paulo, onde o governo estadual decretou situação de emergência. Em Goiás, uma pessoa também foi detida por atear fogo em pastagens.
48 municípios de SP seguem em alerta
Produtores rurais do oeste de São Paulo ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo afirmam que há indícios de queimadas coordenadas em diferentes pontos da região. O governador Tarcísio de Freitas afirmou nesta segunda-feira (26) que o estado não tem mais foco ativo de queimada, mas ao menos 48 municípios seguem em alerta.
O estado de São Paulo registrou 2.191 focos de calor em 48 horas, que correspondem a cerca de 42% dos focos no estado em 2024.
Fumaça
A fumaça gerada pelas chamas no interior paulista e em outras regiões tem sido carregada por ventos favoráveis para as regiões centrais do país. Neste domingo, por exemplo, Brasília amanheceu com vários bairros encobertos pela fumaça. O fenômeno, facilitado pelo tempo seco, também foi registrado em outras capitais, como Goiânia e Belo Horizonte.
De acordo com o governo federal, um número recorde de brigadistas foi mobilizado para trabalhar no combate aos incêndios florestais neste ano, incluindo 1,4 mil na região amazônica e 800 no Pantanal. Helicópteros da Marinha e do Exército foram enviados nesta semana a São Paulo para auxiliar no combate aos incêndios no estado.
O presidente do Ibama esteve neste domingo na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), estrutura que é ligada ao Ibama, em Brasília, junto com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No local, eles acompanharam a situação dos focos de incêndio nos monitores da sala de situação.
*Com Informações da Agência Brasil, Folha de S.Paulo e portal g1
