Consumidores que evitam tomar leite de vaca, por intolerância à lactose, outros problemas alimentares ou por serem adeptos do veganismo, e que o substituem por leite de soja, sendo o mais vendido o Ades Original, não o tem encontrado para comprar nas prateleiras dos supermercados, nem na versão comum, nem na sem açúcar.
Pesquisando a respeito, encontramos reportagem do jornal O Tempo, assinada por Débora Elisa, que explica o que está acontecendo. A jornalista procurou o fabricante do Ades, Coca-Cola, que explicou ter interrompido momentaneamente a produção, por ter encontrado um problema no processo:
“Identificamos um problema na produção desses produtos que comprometeu a qualidade dos mesmos, causando alterações de sabor e aparência que poderiam impactar a melhor experiência dos nossos consumidores”, comentou.
A Coca-Cola também afirmou que não houve nenhum problema em relação à segurança do consumo.
“Importante destacar que amostras desses lotes foram analisadas, confirmando a segurança”.
A fabricante não deu prazo para voltar a reabastecer os supermercados com o produto. Afirmou que está buscando colocar os leites de soja de volta o mais rápido possível, estudando medidas que possam acelerar esse processo. Mensagem da empresa finaliza pedindo desculpas pelo transtorno e agradecendo a compreensão e paciência de todos.
Interessante observar que outras marcas de leite de soja também sumiram das prateleiras já há algum tempo, só restando aos consumidores a marca Ades Original. Atualmente, o Ades só é encontrado com sabores de frutas, agora em nova embalagem, mas entre eles não há versão sem açúcar. Além de mais diluídos do que o Ades Original, os que têm sabores não têm a versatilidade de poderem ser utilizados como se fossem o leite de vaca, aquecido e misturado com leite ou chocolate.
Outros substitutos como leite de aveia ou de amêndoas custam muito mais caro do que o Ades Original, o que inviabiliza seu consumo por boa parte da população interessada em substituir o leite de vaca. O leite de coco em pó é também uma alternativa, mas chega a custar mais de R$ 100 o quilo.