Chegou ao Click Guarulhos a informação de que os hospitais municipais de Urgência (HMU) e Pimentas-Bonsucesso só estão realizando os atendimentos nos casos de urgência e emergência. Segundo as informações dos usuários, o baixo estoque de insumos como agulhas, soro, entre outros itens indispensáveis para o atendimento, seria a causa.
Também nos chegaram informações que consultas e exames agendados para acontecerem ainda no mês de dezembro em unidades do Centro de Especialidades Médicas – Cemeg e Hospital Maternidade JJM – Jesus, José e Maria foram desmarcados, sem data para novo agendamento ou adiados para daqui a algumas semanas.
Nesses casos, algumas pessoas teriam ouvido a informação de que não há médicos para o atendimento.
Sem médico?
Em vídeo, o prefeito eleito Lucas Sanches (PL) afirma que cerca de 300 médicos não tiveram seus contratos renovados pela atual gestão, e que tal medida teria o intuito de atrapalhar a sua gestão.
A informação foi rebatida pelo prefeito Guti (PSD) também em vídeo. “Importante a gente esclarecer algumas questões relacionadas à contratação de horas médicas pela Prefeitura de Guarulhos, diante de um vídeo postado pelo prefeito eleito Lucas Sanches. Estamos realizando a licitação necessária para deixar tudo em ordem para a próxima gestão”, afirma o prefeito que reitera ainda que como guarulhense quer a cidade avançando cada vez mais.
Essa licitação à qual o prefeito Guti se refere vem sendo criticada por servidores da Saude, que entendem temerário esse procedimento no apagar das luzes da atual gestão.
Sem novidade
Quanto à falta de insumos e itens básicos para curativos e medicações no HMU, a prática não é nenhuma novidade. Em março de 2018, eu fiquei “internada” sentada em uma cadeira por mais de 30 horas, com suspeita de AVC e tive que comprar uma das medicações que estavam em falta para ser ministrada durante a minha “internação”. A avaliação do neurologista indicou que eu havia tido uma paralisia de bell (paralisia facial periférica). Assim como eu, mais quatro pessoas, com as mais variadas idades estavam na mesma situação e com o hospital lotado.
Questionada, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura assim respondeu:
“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que está com os pagamentos contratualizados junto à Santa Casa de Misericórdia de São Bernardo rigorosamente em dia. No entanto, está em fase de negociação para o pagamento de atendimentos realizados além daqueles firmados em contrato, reivindicados pela Organização, o que, na visão deles, teria causado desequilíbrio no contrato. Mesmo assim, reafirma o compromisso de manter o atendimento de urgências e emergências no hospital, que não foi interrompido em momento algum.
Sobre a lotação do hospital, reconhecemos que os atendimentos estão em sua capacidade máxima, assim como ocorre na quase totalidade dos hospitais públicos de toda a região metropolitana de São Paulo. Frise-se ainda que cerca de 30% a 40% dos atendimentos médicos realizados pela rede municipal em Guarulhos são de pacientes provenientes de outras cidades do Alto Tietê”
O Click Guarulhos enviou também o questionamento à Santa Casa de Misericórdia de São Bernardo do Campo, responsável pela gestão das duas unidades, para saber se há falta de repasse de verbas por parte da administração municipal. Assim que recebermos resposta, divulgamos.
*Matéria atualizada às 20h07 para inclusão de resposta da Secretaria Municipal de Saúde,
Vc Repórter do Click Guarulhos
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Adriana Valeriano – jornalista