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Sesc Guarulhos apresenta peça inédita “Dois papas” com Celso Frateschi e Zécarlos Machado

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A peça Dois Papas leva ao palco do Sesc Guarulhos um confronto de ideias, respeito e amizade e toques de humor entre o cardeal Jorge Bergoglio e o Papa Bento XVI, dois homens com visões de mundo diferentes. Interpretados por Celso Frateschi e Zécarlos Machado, que contam com mais de
50 anos de carreira, o espetáculo estreia em 7 de março (às sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h, até 16 de março). A partir de 21 de março, segue para nova temporada no Sesc Santo Amaro (sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h até 27 de abril).

A dramaturgia de Anthony McCarten chega ao Brasil em sua primeira montagem internacional, com direção original de Munir Kanaan. O elenco também conta com Carol Godoy e Eliana Guttman. A produção é da Gengibre Multimídia e Zug Produções.

A história traz, de um lado, um refinado teólogo representante da tradição e dos velhos costumes da Igreja; do outro, um religioso carismático e com fama de rebelde, disposto a construir pontes com as mudanças do mundo moderno. O cardeal argentino Jorge Bergoglio está decidido a pedir sua aposentadoria devido a divergências sobre a forma como o Papa Bento XVI tem conduzido a Igreja. No entanto, ele é surpreendido por um convite pessoal que mudará seu destino: um encontro com o próprio Papa.

Bento XVI considera renunciar ao papado diante das crescentes pressões e desafios enfrentados pela Igreja. Enquanto isso, Bergoglio, prestes a anunciar sua própria saída, torna-se um candidato improvável à sucessão. Agora, juntos, eles precisam superar suas diferenças e encontrar um novo caminho. Nesse encontro fascinante, visões de mundo se confrontam, segredos são revelados e a trama toma um rumo inesperado, levando Bergoglio a uma decisão que pode mudar não apenas o destino da Igreja, mas também o de sua própria vida.

 

“Em cena, é como se estivessem quatro papas. Temos em segundo plano o Papa Bento XVI e o futuro Papa Francisco, que são os papas públicos, conhecidos pelos grandes eventos e cerimônias, vistos pela TV e pela internet. E temos o mais interessante, o que busquei iluminar, a intimidade desses dois homens, aquilo que não vemos. A possibilidade do diálogo é o que move essa história, são duas visões de vida completamente diferentes.

Apesar de Bento XVI ser mais conservador, é ele quem chama Bergoglio para a conversa, que apesar de ser um homem mais aberto, chega hesitante para ter esse papo reto. São as complexidades desse encontro que conduzem o diálogo sobre a necessidade de mudanças”, enfatiza o diretor Munir Kanaan.

A montagem possui uma série de recursos que contribuem visualmente para contar a história no palco. O cenário é uma instalação cênica onde predomina o branco, ganhando camadas por meio das cores dos figurinos religiosos ou de vestes do cotidiano, e dos objetos em cena. Os artifícios cenográficos constroem/desconstroem ao trazer cenas sacras e, principalmente, os momentos mais íntimos dos personagens. O videomapping busca trazer informações documentais, além de agregar uma força estética em um dos encontros mais emblemáticos entre os protagonistas. Já a trilha sonora tem como missão criar as ambientações e compor as transições.

OS DOIS PAPAS

“A cidade treme com vozes discordantes – marxistas, liberais, conservadores, ateus, agnósticos, místicos – e em cada peito o grito universal: “Eu falo a verdade!”. Essa é uma das frases do Papa Bento XVI que mais impressiona Zécarlos Machado em seu papel. Para o ator, a ideia do texto dialoga em cheio com a contemporaneidade. Bento XVI, ou Joseph Ratzinger, é um homem que tem responsabilidades enormes, pois a Igreja tem bilhões de fieis, um líder com responsabilidades maiores que certos presidentes de alguns países.

Ele é um homem com suas virtudes e contradições dentro do mundo religioso. Está em um momento de fragilidade física diante desse cargo que exige tanto. Apesar de ser um intelectual, ele tem muito humor, características que vão humanizando essa figura. Estamos em uma época em que cada um tem sua verdade. As discordâncias se acirram e se tornam, inclusive, violentas. “Tornam-se perversas, desrespeitosas, doentias, trazendo uma noção de desumanidade em altíssimo grau. As vozes são discordantes de Bento XVI e de Francisco, mas quando se reconhece o lado humano e se tem uma boa vontade, é possível encontrar um caminho em que a humanidade, de fato, se estabeleça. É uma peça que nos leva a um processo de avaliação desse mundo caótico atual.”, diz Zécarlos Machado.

 

Celso Frateschi encarna o cardeal argentino Jorge Bergoglio e volta a trabalhar com temas que permeiam a Igreja Católica, como ocorreu nas peças O Grande Inquisidor (adaptação de um trecho do romance Os Irmãos Karamazov, de Fiódor Dostoiévski) e Processo de Giordano Bruno (texto do italiano Mário Moretti). O ator reforça que Dois Papas é bem construído dramaticamente e abre questões filosóficas que não ficam restritas somente ao mundo religioso. “São visões de mundo completamente diferentes, por mais que ambos sejam da mesma religião. Essa dramaturgia acaba falando de nós nesse exato momento em meio às discussões envolvendo polarização.”

Para construir o seu personagem, Frateschi relembra de sua criação católica que dialoga bem com as diretrizes do futuro Papa Francisco na peça. “Ele é um homem que retomou os rumos da Igreja, não tem nenhum limite em avaliar a si mesmo com transparência, possui uma capacidade de mudança e transformação, características que vão continuar durante o seu papado.”

Ambos os papas são cercados por personagens femininas que fazem parte de suas escolhas na tomada de decisões. Carol Godoy vive a Irmã Sophia, uma jovem freira argentina que teve sua trajetória transformada pelos ensinamentos do cardeal Jorge Bergoglio. Já a Irmã Brigitta é uma editora de livros religiosos, intelectual e amiga mais próxima de Bento XVI, que conhece suas angústias diante das pressões do cargo.

Fotos de Ale Catan / divulgação

Reencontro

Dois Papas marca um reencontro de Celso Frateschi e Zécarlos Machado nos palcos. A dupla esteve em Santa Joana, de Bernard Shaw, direção de José Possi Neto na década de 80. Os dois atuaram juntos na TV em alguns episódios da série Sessão de Terapia, exibida originalmente pela GNT.

A peça teve sua estreia mundial em junho de 2019, no Royal & Derngate Theatre, na Inglaterra, a partir de seu livro homônimo; e também ganhou versão cinematográfica adaptada pelo próprio autor, produzida pela Netflix, com direção do brasileiro Fernando Meirelles. O filme recebeu 3 indicações ao Oscar, 4 indicações ao Globo de Ouro e 5 indicações ao BAFTA, incluindo nas 3 premiações Anthony McCarten na categoria de melhor roteiro.

Ficha Técnica

  • Idealização: Munir Kanaan e Rafa Steinhauser
  • Dramaturgia: Anthony McCarten
  • Tradução: Rui Xavier
  • Direção: Munir Kanaan
  • Diretor assistente: Gustavo Trestini

Elenco:

  • Celso Frateschi (Cardeal Bergoglio, futuro Papa Francisco)
  • Zécarlos Machado (Papa Bento)
  • Carol Godoy (Irmã Sofia)
  • Eliana Guttman (Irmã Brigitta)
  • Participação em vídeo: Rafa Steinhauser
  • Supervisão de Produção: Carol Godoy
  • Coordenação administrativa: Dani Angelotti
  • Coordenação de produção: Ana Elisa Mattos e Rita Batata
  • Produtor: Eurico Malagodi (fase 1)
  • Iluminação: Beto Bruel
  • Assistência e operação de luz: Rodrigo Silbat
  • Montagem e programação de luz: Rodrigo Caetano
  • Arquitetura cenográfica: Eric Lenate
  • Adereços e produção de objetos: Jorge Luiz Alves
  • Cenotecnia: Casa Malagueta
  • Equipe de Cenotecnia: Alício Silva e Giorgia Massetani
  • Contrarregra: Rui Xavier
  • Trilha sonora original e desenho de surround: Dan Maia
  • Instalação técnica de áudio e mixagem da trilha sonora no espaço cênico: L.P. Daniel
  • Operação de som: Natalia Francischini
  • Microfonação: LABSOM – Julia Mauro e Camila Cruz
  • Direção de imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
  • Figurino: Carol Roz
  • Visagismo: Anderson Bueno  
  • Equipe de Cabelo e Maquiagem: Luciano De Lima / Sueli Madeira
  • Camareira: Liduina Aires
  • Costureira: Bruna Sartini
  • Diretor de palco: Evas Carretero
  • Montagem: Sérgio Karioka
  • Estagiária: Tori Moraes
  • Fotografia e criação: Ale Catan
  • Programação visual e criação: Carlos Nunes
  • Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes
  • Gestão de Performance e Redes Sociais: Lead Performance
  • Produção: Gengibre Multimídia e Zug Produções
  • Patrocínio: Equifax / Boa Vista
  • Apoio Cultural: Molinos Rio de la Plata

Serviço:

DOIS PAPAS

  • Duração: 135 minutos (com intervalo de 15 minutos). Classificação: 14 anos
  • Sesc Guarulhos
  • R. Guilherme Lino dos Santos, 1.200. Jardim Flor do Campo, Guarulhos. Tel: (11) 2475-5550
  • De 7 a 16 de março. Sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.
  • Local: Teatro – 349 lugares.
  • Ingressos: R$ 18 (credencial plena), R$ 30 (meia entrada) e R$ 60 (inteira)
  • Link: Venda disponível online pelo aplicativo Credencial Sesc SP ou pelo site
    https://www.sescsp.org.br/programacao/dois-papas, ou nas bilheterias
    das unidades.
  • Haverá sessões com audiodescrição nos dias 08, 09, 14 e 16/03; e sessões com
    interpretação de LIBRAS nos dias 09, 14 e 15/03
  • Horário de funcionamento: terça a sexta, das 09h às 21h30 | Sábado, das 09h às 20h |
  • Domingo e feriado, das 09h às 18h00
  • Acesso para pessoas com deficiência
  • Estacionamento – R$ 15,50 (não credenciados) R$ 8,50 (credenciados)
  • Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 248 vagas

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