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Morre o Papa Francisco aos 88 anos

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O papa Francisco morreu, aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21/4), em sua residência oficial na Casa Santa Marta, no Vaticano, em Roma. A informação foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell.

O pontífice ficou internado por cerca de 40 dias após uma pneumonia dupla. O pontífice apresentou diferentes quadros de saúde. Nesse sábado (19/4), ele apareceu em público, na basílica de São Pedro, no Vaticano. No Domingo de Páscoa (20/4), fez uma aparição pública na Praça de São Pedro para abençoar os fiéis.

Durante a aparição pública na Praça de São Pedro ele acenou para as milhares de pessoas que estavam presentes e durante a mensagem de Páscoa fez um apelo aos responsáveis políticos “para que não cedam à lógica do medo, mas usem os recursos disponíveis para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento.”

Também em seu discurso, o pontífice falou de paz e esperança. “Neste dia, gostaria que voltássemos a ter esperança e confiança nos outros” e “a ter esperança de que a paz é possível!” O Santo Padre então elenca os vários países e regiões em conflito, a partir da Terra Santa, onde este ano católicos e ortodoxos celebram a Páscoa juntos, manifestando preocupação com o crescente clima de antissemitismo e definindo como “dramática e ignóbil” a situação humanitária em Gaza.

As “armas” da paz

 

O Papa estendeu seus votos de paz a todo o Oriente Médio, de modo especial ao Líbano, à Síria e ao Iêmen. Paz também para o Sul do Cáucaso e aos povos africanos vítimas de violências, especialmente a República Democrática do Congo, o Sudão, o Sudão do Sul, o Chifre da África e a Região dos Grandes Lagos. Na Ásia, o pensamento de Francisco vai a Mianmar, que além do conflito armado sofre com as consequências do terremoto.

Ele foi o primeiro pontífice latino-americano a assumir a chefia suprema da Igreja Católica, em 2013, sucedendo Bento XVI, que renunciou ao posto.

À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI.

O pontífice também ficou marcado por discursos políticos durantes sermões. Não poupou críticas a líderes de países em guerra, como o russo Vladimir Putin e o israelense Benjamin Netanyahu. Ele também apontou o dedo para a União Europeia ao citar a crise dos refugiados, que começou durante seu papado, em 2015. Francisco também também se colocou contrário aos recentes conflitos.

Em uma das imagens mais impressionantes e sem precedentes na Igreja Católica, rezou sozinho na sempre lotada Praça São Pedro, no Vaticano, quando a Covid-19 se espalhou pelo mundo e fez vários países decretarem quarentena.

 

Mas o combate à pobreza sempre foi sua prioridade. Ao ser apontado como o novo papa, ele escolheu o nome de seu novo título em homenagem a São Francisco de Assis, protetor dos pobres. O lema de seu papado foi “Miserando atque eligendo” — “Olhou-o com misericórdia e o escolheu”, em português.

As reformas da Igreja Católica também foram outra marca do papado de Francisco. Ele iniciou um processo de reforma das estruturas da Cúria, que é o governo do Vaticano, com atenção especial para a parte econômica e financeira.

Francisco se destacou como um líder progressista. Em 2014, mediou negociações entre os então presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, em um esforço para reaproximar os dois países. O diálogo, que envolvia a troca de prisioneiros, foi interrompido após a posse de Donald Trump na Casa Branca.

Durante seu pontificado, a Igreja Católica avançou na acolhida a pessoas LGBTQIA+. Em dezembro de 2023, Francisco autorizou a bênção a casais do mesmo sexo, contrariando a doutrina tradicional da Igreja, que condena a união homossexual.

Relembre a trajetória de Francisco

  • Jorge Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936, filho de imigrantes italianos.
  • Formado em química, decidiu seguir a vida sacerdotal aos 20 anos, em 1958.
  • Papa Francisco lecionou na Faculdade de São Miguel e obteve doutorado em teologia pela Universidade de Freiburg, na Alemanha.
  • Pontífice esteve no país para Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu no Rio em 2013.

Líderes mundiais lamentaram a morte do Papa

Líderes mundiais se pronunciaram, e lamentaram a morte do papa Francisco, aos 88 anos, em Roma, Itália.

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, relembrou a trajetória do pontífice.

“De Buenos Aires a Roma, o Papa Francisco quis que a Igreja levasse alegria e esperança, especialmente aos mais pobres. Que ela trabalhasse pela união entre os Homens, e entre a humanidade e a natureza. Que essa esperança continue a renascer, para além dele.

“A todos os católicos, e ao mundo enlutado, dirigimos, com minha esposa, os nossos mais sinceros pensamentos”, disse em postagem.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também comentou o falecimento.

“Hoje, o mundo lamenta a morte do Papa Francisco. Ele inspirou milhões, muito além da Igreja Católica, com sua humildade e amor tão puro pelos menos favorecidos. Meus pensamentos estão com todos que sentem essa perda profunda. Que encontrem consolo na ideia de que o Papa Francisco”, disse.

 

A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, chamou Francisco de um “grande líder esperitual”.

“O papa Francisco foi um grande líder espiritual, um incansável defensor da paz, seu legado permanecerá”, afirmou.

Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o chamou de “grande pastor”.

“A morte do papa nos deixa profundamente tristes, ele foi um grande homem e um grande pastor”, afirmou.

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, também prestou suas homenagens e comentou sobre o estado dele em seu último dia. Vance esteve com o pontífice no domingo (20), antes das celebrações de páscoa.

 

“Acabei de saber do falecimento do papa Francisco. meu coração está com os milhões de cristãos ao redor do mundo que o amavam”, afirmou. “Fiquei feliz de ver o papa ontem, apesar de ele estar claramente muito doente”.


Em uma publicação no X, o primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, classificou Francisco como um “homem do povo”. Ele ainda reconheceu o trabalho do papa em “questões candentes da nossa época”.

“O Papa Francisco foi, em todos os sentidos, um homem do povo. A comunidade católica global se despede de um líder que reconheceu as questões candentes da nossa época e chamou a atenção para elas. Com seu estilo de vida sóbrio, atos de serviço e compaixão, o Papa Francisco foi um modelo para muitos – católicos e não católicos. Lembramo-nos dele com grande respeito”, declarou Schoof.

O presidente da Lituânia, Gitanas Nausèda, lamentou a partida do líder da Igreja Católica, e disse que o mundo perdeu um “amigo sábio e próximo”.


“Seus ensinamentos sobre fraternidade e amizade social são extremamente importantes para nós agora, quando as forças do mal, por meio de guerras e agressões, estão destruindo a esperança de coexistência pacífica e tentando apagar dos corações das pessoas a perspectiva de um mundo justo e harmonioso”, disse o líder da Lituânia.

 

Da Polônia, o presidente do país, Andrzej Duda, disse que o papa Francisco guiou os anos de sua liderança na Igreja Católica pela “humanidade e modéstia”.

“O Papa Francisco faleceu hoje e foi para a Casa do Pai. Em seu ministério pastoral ele foi guiado pela humildade e modéstia. Ele escolheu como lema papal as palavras de seu lema episcopal: “Miserando atque eligendo” (“Ele olhou com misericórdia e escolheu”). Ele foi um grande apóstolo da Misericórdia, na qual viu a resposta para os desafios do mundo moderno”, escreveu o presidente polonês nas redes sociais.

Já o premiê da República Tcheca, Petr Fiala, descreveu o líder católico como uma pessoa que “buscou transformar a igreja”.

“Ele era um homem de fé profunda que buscou transformar a igreja para que ela pudesse cumprir melhor sua missão na sociedade contemporânea. Ele demonstrou grande preocupação por aqueles que sofriam alguma injustiça e irradiava humanidade e humildade. Lembro-me do encontro pessoal com gratidão. Que ele descanse em paz!”, disse Fiala.

*Com Informação da CNN Brasil, Metrópoles, portal g1 e outras agências de notícias

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