Olhar o céu, com a luz da imaginação, da mesma forma em que nos víamos as nuvens em movimentos construindo as mais extraordinárias figuras, quando éramos crianças, é uma arte de observação que pode nos levar – também – à reflexão, quando interiormente nos disponibilizamos para tal realização.
Embora, muitos já não creiam nesta sútil capacidade humana de abstração, por inúmeras razões, das quais, certamente, se vinculam às suas próprias decepções que o passar do tempo impõe, sugerimos – ao menos – que empreguemos alguns espaços de tempo para observação, quando da rara aparição.
E, assim, que possamos olhar o céu e contemplar com olhar desprovido de criticas, ou julgamentos, e, no sútil movimento do peculiar encontro, deixemos – ainda que poucos momentos – nossas mentes se sensibilizarem com os efeitos do fenômeno que se revelem no céu, mesmo que seja só uma simples ilusão. Pois, dar asas à imaginação, quando os pés estão bem no chão, é tão salutar como praticar qualquer arte que nos sensibilizem e nos tragam paz ao coração!
Só estamos dizendo, como disse o poeta: “ora, ouvir estrelas”, que vejam somente os astros e busquem a sutil comunhão com a própria Criação.