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Sexo frágil? Que nada!

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Por Vivian Barbosa

Criança para cuidar, fogão para pilotar, bolsas, sapatos, cabelo liso ou enrolado, tanto faz. Para muitos, esse é o resumo da vida de uma mulher. É mesmo difícil de acreditar que, em pleno século XXI, há quem pense que mulher ainda é o sexo frágil, e que só o homem pode ser bem-sucedido nos negócios e na vida financeira.
Pesquisas pelo mundo todo mostram que as mulheres têm tido maior reconhecimento no mercado de trabalho, mas não na proporção condizente com os talentos e capacidade delas. Mas, por quê?
Segundo a coach Carla Baccan, o preconceito é o maior vilão deste cenário ainda tão longe de ser justo. “O preconceito começa, inclusive, dentro da própria mulher, que, muitas vezes, não acredita ter potencial para ter um cargo de ponta. Isso é reflexo do modo como fomos criados e das questões históricas e sociais. É preciso ter novas crenças para trazer novas situações”, diz ela, que completa explicando que as mulheres ainda não têm clareza do seu poder. “Elas estão vestidas com amarras e crenças sociais de que são seres inferiores. O sexo feminino está se descobrindo e acha que tem de provar para o mundo do que é capaz. Mas, na verdade, não é preciso provar nada, porque ser mulher é como ser homem. Ela só tem de ser ela e descobrir seu potencial, desconstruindo a figura social que foi imposta em cima da figura feminina. Enquanto a própria mulher não se desvincular dos estereótipos, vai gastar mais energia com o provar do que com o realizar, permitindo que os homens façam o mesmo”, completa.

O cenário
Depois de entender que o inconsciente coletivo que envolve a mulher ainda é cheio de estereótipos, é preciso observar o mundo em que ela está inserida. A coach explica que a sociedade quer impor que a mulher volte a se enquadrar no velho perfil de ser apenas mãe e dona de casa. Mas, para isso não acontecer, a mulher precisa conhecer seus valores e talentos, e ter clareza de que essa imposição não faz sentido, já que tal modelo não serve mais. “Quando a mulher deixar de se preocupar com a sociedade, passar a olhar para seus talentos e valorizar seu perfil, ela vai ‘chegar chegando’ e isso vai ajudá-la a conseguir destaque em qualquer cena da vida, seja como profissional, mãe, mulher, amiga ou amante. Conhecendo seu valor, ninguém mais pode dizer o que é ou não certo para você”, completa Carla.

Businesswoman at flipchart leading meeting in conference room

 

Impulso necessário
Uma pesquisa feita pela empresa global de consultoria empresarial Bain & Company sobre o interesse de homens e mulheres em ocupar cargos de liderança mostra que, entre os recém-chegados ao mercado de trabalho, há pouca diferença entre ambições masculinas e femininas: 28% deles e 27% delas estão confiantes de que podem tornar-se chefes. Após dois anos ou mais de trabalho, 25% dos homens ainda estão certos de que vão ascender. Entre as mulheres, apenas 13% preservam a mesma expectativa. Isso comprova que os estereótipos ainda são referência na hora de escolher líderes e a falta de incentivo de carreira e até o conflito histórico e social desmotiva mulheres que têm tanto talento – ou mais – do que homens.
Mas, discutir quem tem culpa de a mulher ainda não ter o mesmo espaço do homem no mercado de trabalho e, principalmente, em cargos de liderança, não é a única solução. É importante saber que as questões sociais influenciam o cenário, mas esse não é o único motivo de elas estarem em posições mais de base, as chamadas de áreas tipicamente femininas, como recursos humanos, comunicação, marketing, treinamento e afins, do que de desenvolvimento e decisão, como tecnologia, finanças, presidência e vice-presidência e vendas, que tendem a ter mais homens pelos corredores. “O público feminino está muito bem qualificado do ponto de vista educacional; somos já a maioria dos universitários e entramos da mesma maneira no mercado de trabalho. No entanto, as mulheres crescem menos profissionalmente, por causa de crenças como ‘mulheres não são boas com números’, ‘mulheres não têm pulso firme’ ou ‘cuidar de filho e de casa é coisa de mulher’. Isso não é dito com palavras, mas toda vez que não nos importamos ao ter poucas mulheres em cursos de engenharia, quando não cogitamos uma mulher para uma vaga como a de gerente comercial ou quando alguém olha torto para uma mulher que voltou ao trabalho antes da licença-maternidade, isso se comprova. Creio que é possível mudar esse quadro com inspiração, aprendizado e conexão entre mulheres”, explica Renata Moraes, jornalista e fundadora do Impulso Beta, uma plataforma online e presencial de apoio a mulheres em busca de inspiração, orientação e ferramentas para obter realização profissional.

Ao falar em ferramenta de apoio a mulheres, logo vem à mente uma forma real de poder transformar o desejo de ser uma profissional bem colocada. E aí que entra a Impulso Beta. Renata (foto) explica que nos últimos cinco anos atuou na Fundação Estudar, um centro de referência no apoio à carreira de jovens, e percebeu como a maioria das pessoas não está satisfeita com a carreira e como pode ser difícil melhorar. A escolha de trabalhar exclusivamente para o público feminino se deu por ela achar que as mulheres precisam se unir para romper com preconceitos e possível machismo existente nos corredores das grandes empresas. “Tenho verdadeira paixão por esse desafio de ajudar as mulheres a superarem limites e chegarem mais longe”, detalha.
Por ser uma plataforma online, a Impulso Beta pode ajudar mulheres a reconhecerem o próprio espaço em qualquer lugar. Mas, apesar de a ideia principal ser tirar a distância e levar conhecimento para qualquer lugar por meio do computador, a plataforma também oferece cursos e workshops presenciais. “Temos cursos presenciais focados no desenvolvimento profissional da mulher (liderança, empreendedorismo e preparação para conciliar maternidade e carreira), coaching (ImpulsoCoaching) e uma plataforma online (Academia Impulso) com orientação e inspiração para sua carreira.”
Quem pensa que apenas mulheres que almejam cargos altos devem buscar apoio profissional para destravar os talentos está enganada. Renata explica que a ajuda de um profissional é bem-vinda nos mais diversos momentos. “Nosso público varia de 20 a 50 anos, de várias profissões e regiões do Brasil. São mulheres em momentos intermediários de carreira que querem se desenvolver mais e têm em comum o sonho de terem uma trajetória que gere impacto e lhes proporcione realização”, completa.

banaba_sociale_gezondheidszorgO céu é o limite
Depois de entender mais sobre os estereótipos e comportamento da mulher em relação ao mercado e perceber que, sim, há métodos de melhorar a posição feminina neste universo ainda cheio de preconceitos, é hora de ir além. Afinal, quando se quer, o céu é o limite.

A coach Carla Baccan explica que ser líder é um talento, e quem nasceu com este dom já o faz desde cedo. “Você percebe a menina que comanda a casa indiretamente, as brincadeiras com amigos, os grupos da escola. São características naturais, genéticas, eu diria. De acordo com a técnina coaching, quem é um líder nato pode chegar à excelência com dez mil horas de treino. Já as pessoas que não têm tais habilidades podem ser bons líderes quando necessário, mas para isso é preciso estudar, se dedicar e criar tais habilidades para aprender a lidar com o poder.”

Thaylan Toth, mestre de desenvolvimento humano e coach, também da equipe da Impulso Beta, explica que há dois tipos de liderança: a transacional, que é aquela baseada na recompensa e troca, mais conhecida pela preocupação com resultados e estrutura; e a transformacional, que é aquela preocupada em inspirar a equipe, incentivando-as e capacitando-as para alcançar bons resultados. A primeira é mais comum entre homens, enquanto a segunda é tipicamente feminina. “Isso não é uma regra. Antigamente, 99% da liderança era transacional enquanto 1% era transformacional. Hoje, pode-se dizer que há uma média de 75% e 25%. As empresas têm estado mais preocupadas com o estímulo da equipe. Mas, este ainda não é um bom número. O equilíbrio seria o melhor”, detalha Taylan, durante a explicação que faz sobre o tema no curso LideraBeta oferecido pela plataforma, na qual mulheres reúnem-se para entender melhor sobre o tema e compartilhar histórias e conhecimentos, a fim de desmistificar a liderança feminina no mercado de trabalho.

 

Quando é hora de mudar de carreira
Mesmo quando se consegue um lugar ao Sol, muitas mulheres – e homens também – não se sentem plenos. Pode-se dizer que ser chefe era o objetivo, mas quando o cargo pretendido foi alcançado, a sensação de que algo está errado ainda não passou.
Isso acontece por causa do conflito entre valores e talentos relacionado com o que se conquistou. A coach Carla Baccan (foto) explica que o principal “sintoma” de que é hora de mudar de ares se dá dentro de cada um. “Pode estar tudo perfeito. Você trabalha com o que sempre quis, ganha bem, mas mesmo assim, não quer mais estar ali. Muitos se acomodam por culpa de acharem que não podem reclamar ou buscar coisas novas. O processo de coaching joga luz na estrada que parece sem caminhos, e assim é possível destravar talentos e reconhecer seus valores, o que leva a culpa embora e deixa espaço para a coragem de mudar. Com as mulheres, isso acontece, geralmente, depois dos 30 anos”, completa ela.

Inspire-se
Eu escolhi escrever esta matéria, justamente, porque estou em transição de carreira. E por isso conheci o trabalho da Impulso Beta e da Carla Baccan. Participei na terça-feira, 14, da primeira reunião de seis do LideraBeta, um programa de liderança feminina. Lá, um dos exercícios feitos pelo grupo de mulheres era escolher uma referência feminina e dizer os porquês da escolha. Percebi que a escolha foi difícil, porque nem sempre sabemos em quem nos inspirar. Conheça algumas mulheres que marcaram presença no mundo.
Danica Patrick: estadunidense, foi a primeira mulher a vencer uma corrida em uma categoria top do automobilismo internacional após conquistar o GP do Japão, da Fórmula Indy, em 2008;
Cleusa Maria, ex-doméstica que fundou a Sodiê Doces, a maior franquia do segmento no Brasil;
Michelle Bachelet: médica de formação, ela foi presa durante o regime ditatorial de Augusto Pinochet. Tornou-se presidente do Chile e está em seu segundo mandato;
Hillary Clinton: Primeira dama no governo Bill Clinton, ex-senadora e secretária de Estado dos EUA, ela é pré-candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata.

Saindo da zona de conforto
Depois de ler e reler sobre a posição da figura feminina no mercado de trabalho, talvez você tenha percebido que também precisa de mais para galgar novos horizontes e melhores resultados. Tome nota e boa sorte!
Carla Baccan Coaching
cbcoach.com.br | tel.: 2468.3873
Impulso Beta
impulsobeta.com.br | facebook.com/impulsobeta

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