Três crimes chamaram a atenção da população de Guarulhos recentemente.
Primeiro, um estuprador que já teria atacado várias jovens e cuja ação foi filmada pela câmera de uma residência no Parque Mikail.
Esse episódio provocou a ira de muita gente e uma espécie de neurose coletiva tomou conta das pessoas.
Na terça-feira, um ancião, que tinha por hábito mostrar o órgão genital a quem passasse em frente a sua garagem, foi espancado por populares e em seguida assassinado com um tiro no peito.
Não creio ser ilógico que a neurose provocada pelo primeiro caso tenha a ver com a brutalidade dessa segunda ação. É evidente que uma pessoa de 67 anos que fica mostrando o pênis a quem quer que passe defronte a sua casa não está em seu perfeito juízo.
Agredi-lo coletivamente e matá-lo é infinitamente mais grave do que o atentado ao pudor que ele praticava. Uma coisa jamais irá justificar a outra. Espero que não entendam que eu esteja defendendo o comportamento do idoso, mas apenas considerando que é muito provável que ele tivesse uma degeneração mental.
O terceiro caso que atrai as atenções é o triplo assassinato cometido no Jardim Presidente Dutra, quando um jovem de 27 anos assassinou a facadas seu amigo, um artista plástico de 24 anos, e também o pai e a mãe da vítima.
As razões não foram devidamente esclarecidas em minha opinião. O assassino confesso alega ter discutido com o pai do amigo, por causa de um suposto emprego que teria obtido para o colega e que teria sido recusado. Após matar o aposentado, assassinou também a mulher do mesmo e ainda esperou o amigo chegar para mata-lo.
Além de ser algo muito banal para cometer três assassinatos, ainda foram localizados alguns utensílios domésticos da família na casa do réu.
A selvageria desses seres não permite que sejam chamados de humanos.
Valdir Carleto