Depois da implantação da faixa exclusiva de ônibus e do limite de 40 km/h na avenida Brigadeiro Faria Lima, o comércio vem sofrendo consequências. Há lojas fechando e outras alegando prejuízos, porque, além de tudo, está difícil encontrar onde estacionar.
Motoristas têm evitado trafegar pela avenida, para fugir da indústria de multas na qual ela se transformou. O problema é grave, mesmo para quem utiliza estacionamentos disponibilizados pelo comércio.
Veja o exemplo de quem sai do estacionamento da lanchonete Subway. No trecho em frente à loja, não há linha pontilhada. O motorista que não quer correr o risco de ser multado não pode trafegar nem um metro na faixa exclusiva. Para isso, precisa aguardar muito tempo para conseguir entrar direto na faixa em que é permitido o tráfego de automóveis.
Nas proximidades do McDonald’s, a mesma coisa. É quase impossível sair do estabelecimento, ir para a faixa correta e sair à direita na primeira travessa.
Um motorista postou no Facebook cinco autos de infração que recebeu na mesma semana; três foram do mesmo dia: 01/01/2016. Fatalmente, essas três multas deverão ser canceladas, pois era feriado. Mas a Prefeitura deveria aprimorar seu sistema, para evitar que o contribuinte tenha tanto transtorno para fazer valer seu direito.
E atenção: a multa por trafegar na faixa exclusiva de ônibus carrega 7 pontos no prontuário do condutor.
Além do que, essa faixa exclusiva ainda não se mostrou razoável, pois há intervalos de até 20 minutos sem que passe um ônibus sequer.
Velocidade máxima
Outro problema é o limite de 40 km/h de velocidade máxima permitida. Está muito lento o trânsito nessa avenida. Quando o motorista se vê livre da fila que está à sua frente, um pouco mais que acelere já ultrapassa os 40km/h e muito provavelmente será multado.
A STT deve, com urgência, reestudar o projeto viário da avenida Brigadeiro Faria Lima, pois tanto a faixa exclusiva, quanto o limite de velocidade determinado são incompatíveis com a realidade do local. No mínimo, precisa pôr faixa pontilhada em frente a todos os estabelecimentos que têm entrada e saída de veículos.
Valdir Carleto