Sinopse:

O fim do mundo tem data marcada. Então por que continuar investigando assassinatos e outros crimes? O detetive Hank Palace tem que encarar esta questão quando o asteroide 2011GV1 aparece nos radares terrestres. Não existe mais chance, esperanças, apenas seis meses o separam da data do impacto.

Os astrônomos terrestres descobrem que um gigantesco asteroide está em rota de colisão com o planeta. Em apenas seis meses a Terra será devastada. E esta descoberta deixa o mundo em frenesi. No caos que se instala, o recém-promovido detetive Hank Palace é chamado para investigar um suicídio (fato corriqueiro neste novo mundo perto do fim), mas alguns elementos estranhos na cena do crime e no passado do morto levam o detetive a questionar o veredito.

À sombra do asteroide 2011GV1, “carinhosamente” apelidado de Maia, Palace tenta juntar as peças e desvendar o estranho quebra-cabeça que envolve a morte de Peter Zell. Ao mesmo tempo que tem que equilibrar a conturbada condição da força policial de Concord, o detetive tenta arrumar sua vida pessoal nesses meses restantes – uma irmã problemática e a paixão fulminante por uma das suspeitas do crime.

Resenha: “O Último Policial”

O fim da humanidade tem data marcada. Com isso, muitos querem gozar dos poucos meses que lhe restam, abandonando casas, trabalhos e rotinas. Gastando cada dólar que conquistaram ao longo da vida. A firma de seguros está ao pico da falência. Enquanto isso, um estranho acontecido ocorre no banheiro do McDonald que, pelas vias do fato, tratava-se de um suicídio. O investigador responsável prontamente se dispõe a chegar ao caminho que lhe desvendará um possível crime. Os colegas resistem, acham perda de tempo uma investigação quando o fim está batendo na porta. Por fim, deixam que o cara brinque de detetive. Até por que, com a vinda do Apocalipse, todos querem fazer ou ser aquilo que nunca puderam – ele era recém graduado a patente de investigador.

 

Mas por que se preocupar com um assassinato se na data que o asteroide apelidado de Maia passar todos irão morrer? Não seria a misericórdia da vida poupando-o de sofrer com as evidências da aproximação da morte? Afinal, no grande dia, culpados e inocentes irão padecer.

É justamente isso que o escritor Ben H. Winters trabalha em “O Último Policial”. Uma válida ideia do que aconteceria com a humanidade se soubesse o dia em que sua iminente destruição chegaria. Na pele do detetive Hank Palece, o escritor nos leva a ter a visão de que nem todos “perderiam a cabeça” com uma situação catastrófica como essa. Enquanto muitos querem abandonar a vida (leia suicidar-se) e outros aproveitá-la ao máximo, Hank quer apenas continuar com a sua, enfrentando os mesmos problemas que sempre enfrentou – seja familiares ou pessoais.

Foi uma sacada legal, apesar de, talvez, em terceira pessoa ele pudesse explorar mais a excelente trama de fundo. Mas é bem provável que usou isso como sendo o diferencial. Vale a reflexão que o livro deixa conforme o virar das páginas. Ao decorrer do livro você percebe várias atitudes prováveis a acontecer, algumas até já citadas acima.

A questão é que: em algum ponto da história, eu me perdi. O desenvolvimento é complicado. A sinopse do livro é atrativa. Afinal, convenhamos, é um lance genial, diferente! A narrativa é simples, você dança conforme a música – muito boa diga-se de passagem. Mas faltou mais sobre o tal fim do mundo. É bem isso que procuramos ver num livro do estilo apocalíptico. Talvez, nesse primeiro ele quis apenas trabalhar as sensações, os medos, a postura que cada um tomaria. Sei que é só o primeiro de uma trilogia, portanto, minha esperança fica no segundo.

Comecei a leitura de forma voraz, mas terminei engessado. A edição é da Rocco e tem 320 páginas. Simples, mas bela ao mesmo tempo. Esse é um livro que pode sim estar na cabeceira da sua cama, mas você terá que ter um pouco de paciência para lê-lo.