A direção da Câmara Municipal de Guarulhos cogita instituir o chamado “home-office” para servidores da Casa, com o argumento de que isso resultará em economia para os cofres públicos, pois eles trabalhariam de casa, evitando despesas com água, luz e cafezinho.
A medida vem sendo defendida pelos procuradores, cuja jornada já é de 6 horas e não precisam registrar o ponto biométrico. À frente da movimentação para implantar a novidade, está o procurador-chefe, Jefferson Correia de Lima, do PT.
Também seriam beneficiados os ocupantes do cargo de agente técnico parlamentar (ATP). Coincidência ou não, o lobby em favor desse grupo é feito pela secretária de Assuntos Legislativos da Câmara, Fernanda Facchini, que vem a ser a namorada do prefeito Guti.
Para a população, porém, qual seria a vantagem? O fato de parte do funcionalismo da Casa não precisar comparecer à sede do Legislativo não impede que haja despesas com os itens citados, pois, como órgão público que é, a Câmara tem de funcionar com portas abertas. A economia, se houver, será mínima. Quem irá avaliar a produtividade de quem estiver com esse regime de trabalho?
Economia mesmo terão os servidores beneficiados com a medida, pois gastarão menos com locomoção e roupas, já que ficarão em casa.
No Judiciário, já há setores nos quais o home-0ffice é uma prática. Há juízes e desembargadores que despacham em seus domicílios, principalmente depois que os processos passaram a ser digitais. Nesse caso, dá para medir quantas demandas foram resolvidas.
Não há registro, porém, de que isso tenha significado economia efetiva aos cofres públicos.
Valdir Carleto