Policiais civis do Núcleo de Roubo de Cargas da Delegacia Seccional de Guarulhos (Demacro) prenderam dois indivíduos por estelionato nesta sexta-feira (20). A Especializada foi procurada por uma mulher, residente no Estado do Rio de Janeiro, que alegou ter sido vítima de uma fraude por intermédio de um site de e-commerce.
De acordo com a mulher, ela teria vendido um aparelho celular através do comércio eletrônico, porém, os supostos compradores teriam fraudado o sistema de pagamento.
A Polícia Civil apurou o caso e obteve a informação de que a entrega do produto seria concretizada na manhã desta sexta-feira (20), em um imóvel localizado no bairro de Jardim Palmira.
Uma equipe da Especializada dirigiu-se ao local e flagrou o momento da entrega da encomenda. Os dois homens que receberam o produto foram presos e encaminhados à Delegacia Seccional do município.
Além do aparelho celular investigado, outros dois produtos, possivelmente oriundos da mesma prática criminosa, eram destinados à dupla no momento da abordagem.
A Polícia Civil também identificou outros dois membros dessa associação criminosa. As investigações agora prosseguem com o intuito de localizar esses dois indivíduos.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo
Modo de agir dos fraudadores
A Reportagem do Click Guarulhos esteve na Seccional, sendo atendida pelo delegado Milton Burgese. Ele explicou que os estelionatários utilizavam o site de e-commerce Mercado Livre para adquirir, sem pagar, mercadorias ali anunciadas. Nesse caso, um aparelho de DVD automotivo, um videogame PS-4 e um celular Samsung S-10. Foi rastreando a entrega desse último que a Polícia Civil conseguiu prender os dois meliantes. Para consumar a fraude, eles falsificavam o documento de quitação que o site emite e enviavam para o vendedor da mercadoria por um e-mail que levava a pessoa a crer que se tratava de um comunicado do Mercado Pago. Porém, era um endereço eletrônico no qual constava a expressão “mercadolivre” na primeira parte e depois “@outlook.com”. Os nomes usados na transação eram falsos.
Segundo ele, cogita-se que muitos outros produtos tenham sido obtidos pelos elementos presos, valendo-se da mesma prática criminosa. Por exemplo, os vendedores do videogame e do DVD sequer sabiam até então que o valor não havia sido efetivamente pago.
É importante divulgar que foi esse o modo de agir, para que as pessoas que utilizem o Mercado Livre, OLX e outros mecanismos de venda pela internet se precavenham antes de despachar os produtos, checando se, de fato, o comprovante de pagamento foi mesmo emitido pelo site.
