O site UOL (Universo On Line) publicou que a Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira duas operações simultâneas com o mesmo nome, Favorito, ambas em uma nova fase no âmbito da Lava-Jato. Uma delas, cumprindo vários mandados, prendeu preventivamente em Angra dos Reis (RJ) o empresário Mário Peixoto, que há muitos anos é um dos principais fornecedores do Governo do Rio de Janeiro. Foi preso também o ex-deputado e ex-presidente da Assembléia Legislativa fluminense Paulo Melo (MDB).
O grupo é acusado e superfaturar contratos de fornecimento e de pagar propina a membros do Tribunal de Contas para aprovar as contas, desde o governo de Sergio Cabral. E, no momento, de se aproveitar de brechas na legislação para elevar artificialmente os valores em contratos com o Estado, incluindo construção de hospitais de campanha para a gestão de Wilson Witzel.
Ainda segundo o UOL, a importância de R$ 1,589 milhão em espécie foi apreendida pela PF em um dos locais visitados pelos policiais com mandados de busca e apreensão.
Peixoto é muito próximo do atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Geração de Emprego e Renda do RJ, Lucas Tristão, que assessorou o governador Wilson Witzel na campanha de 2018. Na época, Witzel foi questionado sobre a proximidade com o empresário e ele argumentou que tinha poder sobre os clientes de seu advogado.
O UOL informou não ter conseguido contato com as defesas dos detidos e que a gestão de Witzel não quis se manifestar.