Nesta semana, um trator, caminhões e equipes da Proguaru estiveram nas imediações do conjunto residencial Santa Cecília, na Vila Industrial, retirando detritos que vinham sendo acumulados nos terrenos vazios. Um deles, na rua Piratuba, foi totalmente limpo. No outro lado dos prédios de apartamentos, falta completar o serviço.
O problema é que sempre que isso é feito, em poucos dias novos resíduos são ali despejados, bem como em ruas próximas. A falta de um PEV (Ponto de Entrega Voluntária) no local seria uma das razões, que explica esse mau hábito, mas não justifica.
O que se observa é que são vários fatores:
- catadores que vivem de reciclagem retiram o que podem vender e despejam no bairro o que não lhe interessa
- moradores de casas da região, em vez de levar o entulho a um PEV (há um deles a menos de um quilômetro, entre as avenidas Nova América e Jovita; e outro no Jardim Pinhal/Paraventi), pagam para alguém transportar e essas pessoas, indevidamente, despejam nas ruas, em vez de levar a um PEV.
- é comum ver bons carros parar nas imediações do conjunto para depositar sacos com restos de construção e outros materiais.
Enquanto o procedimento da Administração Municipal continuar sendo o mesmo, os resultados tendem a permanecer ruins, o que se repete praticamente em toda a cidade.
Uma das soluções seria a colocação de câmeras que, ao mesmo tempo em que inibiria a ação dos malfeitores, permitiria a identificação de quem despeja os detritos.|
Outra seria a mobilização da população vizinha, integrando-a em um trabalho de plantio de árvores, que seriam adotadas por crianças e jovens. Assim, os próprios moradores passariam a zelar pelo entorno do conjunto.
Um paliativo seria a colocação de caçambas nos pontos viciados de despejo de entulho. Ainda que houvesse uso indevido, com o risco de que lixo orgânico fosse também depositado, a operação de limpeza não exigiria tanto esforço quanto se tem visto em toda a cidade para tentar manter em melhores condições esses locais.