Uma portaria assinada pelo presidente da Câmara Municipal de Guarulhos, Fausto Miguel Martello (PDT), suspendendo o contrato de trabalho dos servidores que não completaram a imunização contra a covid-19, causou polêmica, inclusive entre vereadores, por ter sido divulgada uma lista desatualizada que incluiu nomes de pessoas já vacinadas.
Entre os queixosos, o vereador Geraldo Celestino (PSC) fez postagem nas redes sociais, mostrando comprovante de vacinação e criticando a atitude de Martello.
Em decorrência dos embates sobre o assunto, a Presidência da Câmara divulgou hoje uma nota de esclarecimento assinada pelo diretor executivo de Administração de Pessoal, Anderson Luis de Almeida Paulino, atribuindo a falha ao Ambulatório Médico da Casa.

FIM DA POLÊMICA?
Aguarda-se ainda para esta segunda-feira a publicação de uma portaria retificadora. Não se sabe, no entanto, se isso será suficiente para apaziguar os ânimos, pois, independentemente de a lista ser atualizada, questiona-se a atitude de incluir vereadores na publicação, considerando que, por não serem funcionários, mas eleitos, não há contratos de trabalho deles para serem suspensos.
Em Brasília, há discussão semelhante: o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) determinou o retorno das sessões presenciais, pois foi detectado que havia parlamentares votando por intermédio de assessores. Ao tomar a decisão, Lira divulgou que será obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação para participar das sessões. A dúvida é se há amparo legal para que se proíba a participação de deputados que não tenham se vacinado.