Teo Tirico e Lourival do Céu, do Partido das Folhas, terão uma missão complicada em 2022: derrotar nas urnas as chapas de oposição, compostas por Olívia Cordeiro e Draque Lara (Partido dos Rios) e Grazi Lazuli e Luna Ximin (Partido das Sementes), nas Eleições na Floresta. Cada uma das chapas precisa desenvolver propostas e montar uma plataforma de governo para disputar os votos dos eleitores, assim como acontece nas eleições presidenciais. A diferença é que a eleição é realizada em escolas públicas de Ensino Fundamental, uma forma de ensinar cidadania às crianças.
Realizada em municípios brasileiros de todas as regiões do país, a disputa fictícia é parte do projeto “Eleições na Floresta”, do Sistema de Ensino Aprende Brasil. O objetivo é falar sobre educação política nas escolas e preparar as crianças para um futuro como cidadãos conscientes e autônomos. E, se o município for litorâneo, a ação vira “Eleições no Fundo do Mar”, como forma de engajar crianças que estão habituadas a conviver com o oceano.
Para a gerente de marketing e produto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Damila Bonato, o objetivo é falar sobre cidadania, democracia e, como o tema é a floresta, também consciência ambiental. “Pensamos em todo o projeto para que as crianças se envolvam em todas as etapas do processo eleitoral, do período da campanha, passando pela fase de debate das propostas entre os candidatos até a apuração dos votos na urna”, detalha.
Dia de votação
Assim como acontece em uma eleição no mundo real, os candidatos têm partidos, vice-presidentes, números para votação e propostas eleitorais. Com o título de eleitor fictício em mãos, cada estudante vota em uma urna eletrônica que segue o padrão daquelas utilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Por meio de um aplicativo, a urna tem programados os candidatos ao governo da Floresta ou do Fundo do Mar. Os estudantes que representam esses candidatos precisam elaborar suas propostas de governo e fazer campanha entre os colegas da escola. Enquanto isso, os demais alunos se dividem entre mesários, voluntários e eleitores, cada um com um título de eleitor fictício. A urna fica em uma cabine eleitoral. Assim que o estudante aperta o botão “confirma”, ela emite o mesmo som característico da urna eletrônica verdadeira. Na saída, todos recebem um comprovante de votação. A iniciativa, que está sendo levada para escolas de todo o país, é um projeto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que atende à rede pública municipal de ensino de municípios de todas as regiões do país. Os enxovais de material para a campanha fictícia já foram baixados por mais de 1,1 mil pessoas.