O total de mortos depois que um forte terremoto atingiu o centro do Marrocos passou dos 2 mil, segundo o Ministério do Interior do país.
O sismo — de magnitude 6,8 — fez com que as pessoas corressem para as ruas de Marrakech e de outras cidades próximas.
A estimativa é de que haja 300 mil pessoas afetadas pelo sismo em Marrakech, ou seja, um terço da população da cidade.
O rei Mohammed 6º declarou três dias de luto nacional e determinou o fornecimento de abrigo, comida e outras formas de ajuda aos sobreviventes.
Muitas pessoas estão passando uma segunda noite ao ar livre.
Um tremor secundário, de magnitude 4,9, foi sentido 19 minutos depois do terremoto.
Muitas das mortes ocorreram em áreas montanhosas de difícil acesso. Há também o registro de 1.400 pessoas gravemente feridas. A maioria das vítimas mais está nas províncias ao sul de Marrakech.
O terremoto ocorreu pouco depois das 23 horas, no horário local (19h de Brasília), a uma profundidade relativamente rasa, a cerca de 71 km a sudoeste de Marrakech, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Embaixada do Brasil
A Embaixada do Brasil na capital Rabat emitiu nota dizendo que não há notícias neste momento de brasileiros mortos ou feridos e que acompanha com atenção os desdobramentos do terremoto.
Foi informado que o corpo diplomático no país “trabalha em regime de plantão, e pode ser contatado pelo telefone +212661168181 (inclusive WhatsApp)”.
Hospitais da cidade estão recebendo um grande número de vítimas e autoridades pedem que sejam feitas doações de sangue nesse momento.
Uma nuvem de poeira foi vista no topo da histórica mesquita Koutoubia, de 850 anos, em Marrakech. Pessoas no local temiam que pudesse haver risco de desabamento
O tremor também afetou as províncias e os municípios de al-Haouz, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
O terremoto ainda foi sentido na capital Rabat, a cerca de 350 km de distância, bem como nas cidades de Casablanca e Essaouira.