Na noite desta quarta-feira, o general Juan José Zúñiga foi preso, por decisão da Procuradoria Geral da Bolívia. No decorrer da tarde, ele havia tentado destituir o presidente do país, Luís Arce, e tomar o poder, cercando o Palácio Queimado, sede presidencial em La Paz, na praça Murillo, com tanques de guerra.
Porém, o presidente resistiu, denunciou à população a tentativa de golpe e anunciou o general José Wilson Sánchez Velázquez como novo comandante das Forças Armadas. Zúñiga foi destituído da função na terça-feira.
Sánchez Velázquez ordenou o regresso das tropas a seus quartéis; de imediato, os militares iniciaram a desmobilização.
A comunidade internacional condenou a tentativa de golpe. No Brasil, o presidente Lula falou a respeito, clamando pela manutenção da democracia. Nota do Itamaraty foi no mesmo tom, condenando o uso da força para tentar derrubar um governo eleito nas urnas. O governo do Uruguai também criticou com veemência a atitude do grupo de militares.
Tem ao seu lado ministros e o vice-presidente David Choquehuanca, Arce pediu à população boliviana para sair às ruas em defesa da Democracia e reformou a necessidade de “aplacar os apetites inconstitucionais”.