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Lucas Sanches assinou contrato dividindo mandato com assessor e afirma só responder na Justiça

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Caíque Marcatt, ex-chefe de gabinete do vereador Lucas Sanches, que é candidato a prefeito de Guarulhos pelo PL (Partido Liberal 22), divulgou contrato firmado entre ambos, em 2020, no qual o parlamentar, que viria a ser eleito vereador em novembro daquele ano, assume o compromisso de “realizar a indicação para nomeação de 50% dos cargos comissionados do gabinete na Câmara Municipal para o parceiro 2” e “Nomear o parceiro 2 a chefia de gabinete decorrente do mandato de Vereador de Guarulhos”, cabendo ao parceiro 2 (Caíque) “realizar o investimento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) na campanha a Vereador do parceiro 1 (Lucas Sanches)”.

HISTÓRICO

Assim que tomou posse, Lucas Sanches cumpriu o compromisso, nomeando Caíque Marcatt como seu chefe de gabinete. A parceria caminhou bem, inclusive durante a eleição de 2022, quando Lucas foi candidato a deputado federal e obteve 40.881 votos pelo PP (Partido Progressista). Havia, segundo Caíque, compromisso de Lucas de apoiar o assessor para ser seu sucessor na Câmara Municipal, o que não constou no contrato.

Porém, ao lançar-se candidato a prefeito, agora pelo PL, Lucas Sanches aproximou-se do presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, o qual indicou para coordenar a campanha em Guarulhos o vereador Santiago, de Itaquaquecetuba, que transferiu o domicílio eleitoral para Guarulhos e é candidato à Câmara Municipal guarulhense. Sentindo-se preterido, Caíque quis tirar satisfações com Lucas Sanches e o atrito causou o rompimento entre eles, culminando com a exoneração de Caíque da chefia de gabinete.

Dias depois, após uma forte discussão com Anderson Araújo, assessor do vereador, dentro da Câmara Municipal, na qual até o presidente do Legislativo, Ticiano, agiu para tentar apaziguar os ânimos, Caíque e o jornalista Valdir Pimenta acabaram sendo agredidos na avenida Guarulhos, a cerca de um quilômetro da Câmara. Sem ter provas de que a agressão tenha sido ordenada por Sanches, Caíque acusa o vereador de ser o mandante. Um dos envolvidos na agressão, flagrado por câmeras de segurança, acabou sendo preso em Arujá, confessou o delito, atribuindo-o, entretanto, a uma suposta briga de trânsito, o que está sendo investigado. Lucas Sanches rechaçou a acusação de que seria o mandante, e afirmou que processaria Caíque, citando ilícitos previstos em diversos artigos do Código Penal que teriam sido cometidos.

 

Na sequência, Caíque deu entrevistas em diversos meios de comunicação, fazendo novas acusações a Lucas Sanches, incluindo a prática de “rachadinha” no gabinete. Segundo ele, pessoas que não exerciam nenhuma função no âmbito do mandato recebiam valores significativos da Câmara, o que teria motivado vários alertas dele ao vereador. Ele cita, inclusive, os nomes das pessoas cujos salários seriam repassados a Lucas Sanches, que teria adquirido um apartamento em São Paulo com o fruto desse desvio do dinheiro público. Chegou a divulgar vídeo, gravado por ele mesmo, no qual aparecem assessores contando grande soma em dinheiro em um escritório que seria utilizado pelo vereador. Além da acusação de rachadinha e para corroborar a denúncia, divulgou cópia do contrato, com firmas reconhecidas no 1o. Tabelionato de Guarulhos, reproduzido acima. Ingressou, ainda, com representação contra o vereador perante a Comissão de Ética da Câmara Municipal, visando à condenação do edil por quebra de decoro, em decorrência da alegada prática de rachadinha.

RESPOSTA DO VEREADOR E CANDIDATO A PREFEITO

Consultada para que respondesse ao Click Guarulhos a respeito do contrato, a Assessoria de Imprensa de Lucas Sanches enviou o lacônico texto que reproduzimos:

“A respeito das diversas inverdades proferidas por Caíque Marcatt, inclusive por meio da imprensa, em período eleitoral e com a clara intenção de prejudicar a sua imagem e, consequentemente a sua campanha, o candidato Lucas Sanches, orientado por seu corpo jurídico e considerando o histórico de Caíque, passa a tratar dos assuntos referentes ao acusador exclusivamente na Justiça.”

No segundo parágrafo da resposta, a Assessoria do candidato faz a Caíque acusações estranhas às questões que estão sendo aqui tratadas, motivo pelo qual não iremos reproduzi-las.

Lamentamos que o vereador não esclareça a respeito do contrato. Afinal, ficam no ar as perguntas: “Foi mesmo firmado em 2020? Reconhece que é sua a assinatura? Considera legal e correto “vender” metade do mandato que lhe foi concedido nas urnas pelos eleitores? Se tem conhecimento dos delitos que teriam sido cometidos por Caíque Marcatt que menciona em sua resposta, por que o manteve como chefe de gabinete até recentemente?”.

 

A Caíque Marcatt ficam no ar estas perguntas: “Por que não rompeu com o vereador quando tomou conhecimento da prática de rachadinha? Por que não denunciou às autoridades? Considera legal e correto “comprar” metade do mandato que foi concedido pelos eleitores ao vereador? Admite, portanto, ter cometido um ato ilícito também?”

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