O Brasil voltou a ser considerado um país livre do sarampo nesta terça-feira, 12. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) entregou ao Ministério da Saúde a recertificação de eliminação do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita.
A conquista vem após o país ter perdido o certificado em 2019, quando enfrentou um surto da doença que registrou mais de 10 mil casos em apenas um ano.
Segundo o infectologista Renato Kfouri, presidente da Câmara Técnica do Brasil de Verificação da Eliminação do Sarampo, a recuperação foi possível graças à intensificação da vigilância e ao aumento da cobertura vacinal.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode ser prevenida com a vacina tríplice viral, disponível na rede pública para pessoas de 12 meses a 59 anos.
Mesmo com a recertificação, Kfouri enfatiza a importância de manter a vacinação em dia, uma vez que o vírus ainda circula pelo mundo.
Reclassificação
O país já havia sido classificado como zona livre do sarampo em 2016. No entanto, acabou perdendo o certificado em 2019 após surtos da doença. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, o Brasil registrou 10.374 casos. O pico foi atingido em julho de 2018, com 3.950 casos.
Em junho, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones (com transmissão em território nacional) de sarampo — o último foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá. Todos os registros da doença foram de indivíduos que vieram do exterior.
*Com Informações do portal g1