A queda de um avião em Gramado (RS) nesse domingo (22/12) marca um segundo semestre fatal na aviação brasileira. Os 10 mortos já confirmados — além de cerca de 17 feridos, sendo dois em estado grave — se somam a outros 72 óbitos só nos últimos seis meses. Ao todo, já são 119 pessoas morreram em acidentes com aeronaves desde o início do ano, sendo o caso da Serra Gaúcha o segundo pior, atrás apenas da queda do avião da VoePass, em Vinhedo (SP), no dia 9 de agosto.
Desde 2 de janeiro, já são 23 ocorrências com óbitos envolvendo quedas de aviões e helicópteros no Brasil.
A primeira delas foi registrada em Capitólio (MG), quando um helicóptero caiu no Lago de Furnas. A aeronave afundou, deixando um morto e outras duas pessoas feridas. No mesmo dia, outro helicóptero caiu no interior do Maranhão, levando à morte o piloto que fazia a pulverização de agrotóxicos em uma fazenda na cidade de Santa Luzia.
Ainda em janeiro ocorre o mais grave dos acidentes do início do ano: um Piper PA-46 se desintegrou no ar durante um voo de Campinas (SP) a Belo Horizonte (MG) e caiu na cidade de Itapeva (MG), causando a morte de sete pessoas. Marcílio Franco da Silveira, de 42 anos, André Rodrigues do Amaral, 40, Raquel Souza Neves Silveira, 40, Antônio Neves Silveira, de 2 anos, Fernanda Luísa Costa Amaral, de 38 anos, Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira, piloto, e Gabriel de Almeida Quintão Araújo, copiloto, morreram na hora.
Morte em SC
Já o único acidente com vítimas fatais ocorrido em Santa Catarina neste ano foi registrado em Garuva, no Norte do Estado. Um avião modelo Beech Aircraft, de 1982, desapareceu após tentar contato com a torre de comando do aeroporto de Joinville. Antônio Augusto Castro e Geraldo Claudio de Assis Lima, passageiro e piloto, respectivamente, estavam na aeronave que havia decolado de Governador Valadares (MG) e tinha como destino Florianópolis.
O empresário mineiro Antônio, morto na queda de avião, trabalhava no ramo da construção e, recentemente, tinha fechado contrato para obra em Santa Catarina. O advogado Alaor Esteves, irmão da vítima, afirmou que Antônio Augusto estava viajando com frequência para o Estado. O empresário havia comprado a aeronave há cerca de um mês e estava a caminho de SC para fazer a vistoria em uma obra.
Relembre os principais acidentes aéreos de 2024
Primeiro acidente aéreo de 2024 foi envolvendo helicóptero em Capitólio (MG) – com um morto e outras duas pessoas feridas;
No mesmo dia, outro helicóptero caiu no interior do Maranhão, levando à morte o piloto que fazia a pulverização de agrotóxicos em uma fazenda na cidade de Santa Luzia;
Queda de monomotor em Itapeva (MG) deixou sete mortos, sendo cinco da mesma família;
Avião caiu em Barreiras, na Bahia, e matou três pessoas em 2 de março deste ano;
Três mortos em queda de avião em Manoel Urbano, no Acre, em 18 de março;
Três mortos também na queda de uma aeronave em região de difícil acesso na cidade de Barcarena, no Pará, em 10 de maio;
Único acidente aéreo com morte em SC neste ano ocorreu em Garuva, em junho;
Queda de avião deixou três mortos em Birigui, no interior de São Paulo, em 3 de agosto;
Maior desastre aéreo brasileiro desde 2007, queda do ATR-72 da VoePass deixou 62 mortos;
Cinco mortos em queda de avião na cidade de Apiacás, no Mato Grosso, em 15 de agosto;
Empresário de SP e família morrem em acidente de avião em Gramado
O empresário Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi e sua família morreram no acidente aéreo que aconteceu, neste domingo (22), em Gramado, no Rio Grande do Sul. Galeazzi era o proprietário e piloto da aeronave e estava acompanhado da esposa, três filhos, a irmã, o cunhado, a sogra e duas crianças.
Além das mortes dos ocupantes do avião, 17 pessoas foram feridas em terra, a maioria por inalação de fumaça, e atendidas nos hospitais da região. Dessas, cinco já foram liberadas, 12 ainda seguem em atendimento, sendo duas em estado grave, com queimaduras e uma delas está sendo transferida para Porto Alegre.
Foto: Frame Defesa Civil RS/Divulgação
*Com Informações do Metrópoles e Agência Brasil