Criado em 1929, o cobogó ficou popular na década de 50. Esse nome diferente é devido à junção da primeira sílaba dos sobrenomes de seus criadores, os engenheiros pernambucanos: Amadeu Coimbra, Ernest Boeckman e Antônio de Góis. “A ideia desses engenheiros era separar os ambientes sem comprometer a ventilação e iluminação”, explica Graziella Aguiar, arquiteta da Master House Manutenções e Reformas.
Inicialmente produzido em cimento, o cobogó passou a ser usado como elemento decorativo e hoje é possível encontrá-lo em vários modelos e tipos de materiais como: vidro, plástico, resina, cerâmica, mármore e madeira. “Ideal para quem quer decorar, iluminar e abrir espaço para arejar o ambiente”.
Preço
Uma peça em cerâmica, bem básica, encontrada facilmente em lojas de construção, custa de R$ 3 a R$ 25 cada. Um cobogó de louça tem valor médio de R$ 45 por unidade. Já os mais arrojados podem custar cerca de R$ 480 o metro quadrado. Tudo depende do bolso e do gosto do consumidor.
Retrô
Quer deixar a casa ou algum ambiente com ar vintage? Opte pelos cobogós de cerâmica em tons claros.
Separando ambientes
Antigamente, os cobogós eram utilizados somente em fachadas de prédios ou residências. Mas hoje é comum o seu uso em ambientes internos. “Podem dividir a cozinha da lavanderia, por exemplo. O ar circula entre os ambientes e a área de serviço fica mais escondida”, diz a arquiteta.
“É possível dividir também outros ambientes, como sala e cozinha, ou até mesmo sala e corredor dos quartos. Na varanda dá para usar o cobogó numa das laterais para bloquear um pouco o Sol, mantendo a ventilação no local”, sugere.
Modernidade
Quem não gosta do estilo vintage pode contar com os modelos mais “modernosos” e apostar em outros itens decorativos de acordo com o que pede o ambiente.
Cuidado
Não há regras no uso de cobogós, mas é preciso bom senso para conseguir um visual harmonioso. Muitas vezes menos é mais. Ter equilíbrio na linguagem arquitetônica é fundamental. O elemento vazado pode ser utilizado interna ou externamente, mas é preciso saber o que cada ambiente pede. O efeito desejado deve ser levado em consideração: mais ventilação, mais iluminação natural, privacidade ou permeabilidade? Se o ambiente não permite alguns desses efeitos, opções mistas são preferíveis. Para um ambiente interno, a arquiteta indica madeira e resina, tanto pela leveza do material quanto pela possibilidade de formas contemporâneas. “Em ambientes externos, o vidro, a cerâmica e cimento são ótimas opções, tanto pela resistência como pela facilidade de limpeza”, completa.
Por Michele Barbosa