A jovem Daniele Giliosi Pedroso quebrou o pé ao sofrer uma queda ao caminhar pela travessa Ho Chi Minh, no Anita Garibaldi, região de Bonsucesso. É uma rua sem pavimento e esburacada, perto de sua residência.
Em consequência, foi internada no Hospital Pimentas-Bonsucesso no dia 14/8, aguardando que fosse marcada cirurgia. Queixando-se das condições do quarto, com ventilação inadequada, em que estava com mais quatro pacientes e também do estado do banheiro utilizado para banho, e considerando que a cirurgia só seria realizada no dia 24 e que seu irmão iria se casar, pediu ao médico para aguardar em casa a data da cirurgia, com o que o médico concordou.
Preocupada se iria efetivamente ser operada no dia 24, pediu ao Click Guarulhos para confirmar a data. Não é habitual que o portal de notícias intermedeie situações individuais – apenas coletivas –, mas ainda assim encaminhamos as queixas e a dúvida à Assessoria de Imprensa da Prefeitura.
Recebemos a seguinte resposta:
A Secretaria da Saúde de Guarulhos informa que os quartos de enfermaria possuem capacidade de nove leitos. Os pacientes com cirurgia eletiva (caso da paciente) recebem alta e saem com a programação cirúrgica por parte do médico. Não há necessidade de confirmação. No dia programado basta comparecer no setor de internação e preencher a documentação necessária.
A paciente assim reagiu à informação da gestão municipal:
Não faz nem sentido, visto o tamanho do quarto que enviei em vídeo. E quanto à cirurgia, o próprio médico disse que teria que ligar pra pegar as informações da internação (horários de apresentação) e a confirmação da mesma, que pode ser cancelada em caso de atraso das compras do material necessário pra mesma.
Na sexta-feira, 23, Daniele pediu a uma amiga para ir ao hospital e informar-se se a cirurgia seria mesmo feita no dia seguinte. Foi informada de que não haveria a cirurgia, adiada sem data definida, que lhe será informada oportunamente e recomendaram “que não é para ficar ligando”.
A jovem faz um apelo nas redes sociais para que a cirurgia não seja postergada por muito tempo. A julgar pela contradição entre a resposta fornecida pela Comunicação da Prefeitura e a realidade do dia a dia do HPB, administrado pela Santa Casa de Misericórdia de São Bernardo do Campo, fica evidente que a Comunicação baseou-se em informações da terceirizada, as quais não são confiáveis.